22 março, 2010

ENUR 2010

MAS AFINAL O QUE É ENUR?

Eai galera linda!
A Paz de Jesus e o amor de Maria!

Hoje vamos falar um pouco sobre o ENUR. Mas você não sabe o que é isso? Então vai ficar sabendo agora mesmo...

ENUR é o Encontro Nacional Universidades Renovadas, um super encontro dos universitários e profissionais católicos carismáticos de todo Brasil. É isso mesmo toda a família universidades renovadas do Brasil reunida em um só encontro. Não é demais!!!

Um momento de crescimento, unidade e fraternidade entre os irmãos que participam dos GOU's e GPP's pelo país. Além disso vivemos momentos de formação doutrinária e de grande louvor ao nosso Deus maravilhoso. Serão dias de muita graça e louvor ao nosso Deus, um momento grandioso de unidade e também de missão, pois concerteza sairemos de lá cheios da graça e resplandescentes do amor de Deus, prontos a levar e fazer com que a civilização do amor aconteça todos os dias, na nossa universidade ou local de trabalho.

O tema do encontro esse ano é: "Por tua palavra nossos alicerces serão restaurados" (Esdras 6,3)

Fala sério, Jesus bombará com tudo nesse encontro, e nossos alicerces desde já estão sendo restaurados pela palavra que o próprio Deus nos concedeu!!

Não dá pra ficar de foras né! O ENUR irá acontecer entre os dias 3 e 7 de setembro, em Brasília, monte sua caravana, agita a galera da sua facul e trabalho... bora todo mundo para o ENUR!!! Uhuuuuuuuuuuuuuuuu

A diocese de São Mateus sairá com um ônibus, por isso se você quer ir, deixe seu comentário, recadinho com o contato por que nós vamos galera!





É para lá que eu vou, eu vou para o ENUR, vai ser em Brasília, universitários com Jesus!
É para lá que eu vou, eu vou para o ENUR, vai ser em Brasília, profissionais com Jesus!

Música de divulgação do ENUR -  bombou no ENF (Encontro Nacional de Formação): http://www.youtube.com/watch?v=whcggKMKox4 <-- Vai lá e confere!!

Deus abençoe a todos!!

Abraço fraterno!

Obs.: Lembrando que esse espaço é de todos os universitários e profissionais, por isso sinta-se a vontade, entre comente, aproveite tudo!!

=P

17 março, 2010

Salve Maria!

É com imensa alegria que o Grupo de Oração Universitário do CEUNES inaugura o seu blog! Uhuuuu
O blog é um espaço de patilha, aprendizado, conhecimento e contato maior com o povo que nos foi confiado pelo Senhor!! 

O nosso coração se alegra demais e tenho certeza que o de Deus também...
Vamos fazer de tudo para atualizarmos o nosso canto sempre, com textos, dicas, reflexões, informativos sobre o nosso grupo de oração/ misnistério, etc. Vai ser uma experiência muito legal e  nós contamos com a participação de todos os que por aqui passarem!

Esse espaço é de todos nós GOU CEUNES e família Universidades Renovadas! 
Por isso sejam muito bem vindos ao Blog GOU CEUNES!!

E o nosso primeiro texto é muito especial, pois trata de um assunto com o qual nos deparamos todos os dias na universidade, quando assumimos nossa fé diante do meio acadêmico e científico, o diálogo FÉ e RAZÃO. Além disso foi escrito pelo nosso querido Bispo Diocesano D. Zanoni Demettino Castro. 
Fica aqui o nosso muito obrigada ao nosso Bispo pela disponibilidade e fidelidade em escrever o texto. Muito obrigada!

Peço que sejam fiéis a leitura,pois relamente o texto vem enriquecer a cada um de nós a respeito da temática fé e razão!

Também queremos agradecer ao nosso amigo Álan Smyth, que foi o anjo que nos ajudou na criação e montagem do blog! Valeu Álan, Deus te abençoe!

Aproveitem galera!!


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FÉ E RAZÃO

Dom Zanoni Demettino Castro
Bispo de São Mateus, ES

           
No ano passado comemoramos os 200 anos do nascimento de Charles Darwin e 150 anos após a sua mais famosa obra, a “Origem das espécies”, regressa o debate sobre a relação entre evolução e criação, isto é, ciência ou fé.
De fato a teoria da evolução levanta ao cristianismo alguns desafios. As narrações bíblicas da criação, com suas imagens de Deus modelando em argila o corpo do primeiro homem ou como um cirurgião, extraindo uma costela de Adão para com ela formar o corpo de Eva... o “fruto proibido”, o paraíso perdido etc..São mentiras, são enganações? Como conciliar com a teoria da evolução? Durante muito tempo essas palavras foram inquestionavelmente aceitas e isso contribui para formar entre os crentes e não crentes a idéia da incompatibilidade da ciência com a Bíblia, da ciência com a fé.
Uma interpretação errônea dos primeiros onze capítulos do Gênesis trouxe-nos inúmeros problemas; entre outros, dificuldades invencíveis para o que não crêem e inquietação para os que crêem. Além disso, e talvez seja este o problema mais grave, prendendo-nos à sua linguagem figurada, afastou-nos muitas vezes do essencial, que é a mensagem sobre o homem e sua existência concreta.
 O livro do Gênesis, na Bíblia começa com essas palavras: Bereshi Bara Eloim, No principio Deus criou. A história bíblica a partir do capítulo 12 começa com Abrão, no século XVIII ou XVII a C. Mas antes dessa história humana carregada de simbolismos e significados, o livro convida seus leitores a lançarem um olhar para trás, para o “começo”: começo do mundo, começo da humanidade, começo de sua aventura neste mundo. Ao pôr em causa a interpretação literal do Livro do Génesis, conduz a uma nova compreensão do significado da descendência de toda a humanidade a partir de Adão e Eva, do paraíso terrestre, da criação dos primeiros seres humanos em estado de graça e de imortalidade, do pecado original, da causa do sofrimento e da morte, da aparição dos primeiros seres humanos no processo da evolução, etc”.[1]
Como podia o hagiógrafo, isto é, o escritor sagrado, saber o que se passou quando da criação? Quem foi a testemunha? Não existem fotos, nem filmagens ou gravações, isto é, não existem evidencias. Como conciliar seu ensinamento com a ciência? Se Adão e Eva não existiram – porque o homem apareceu por evolução – como acreditar nos “seis dias”? Que é pecado original? Seria o fato de Adão e Eva se terem unido “carnalmente”? Por que teríamos nós de suportar as conseqüências de sua falta?Qual o significado de imagens como a serpente, a árvore do conhecimento, a árvore da vida? E o dilúvio universal? Mais do que perguntas essas passagens são respostas.[2]
O Papa João Paulo II numa busca de diálogo entre a fé e a razão escreve com muita nitidez em sua encíclica Fides et ratio de 14 de setembro de 1998 : A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecê-lo, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio (cf. Ex 33, 18; Sal 2726, 8-9; 6362, 2-3; Jo 14, 8; 1 Jo 3, 2). [3]
João Paulo nos lembra que tanto no Oriente como no Ocidente pode-se ter presente um caminho que ao longo dos séculos, levou a humanidade a encontrar-se progressivamente com a verdade e a confrontar-se com ela. A recomendação “conhece-te a ti mesmo” estava esculpida no dintel do Templo de Delfos, para testemunhar uma verdade basilar que deve ser assumida como regra mínima de todo o homem que deseje distinguir-se, no meio da criação inteira, pela sua qualificação de homem, ou seja, enquanto “conhecedor de si mesmo. Perguntas fundamentais – Quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Por que  existe o mal - são encontradas nos: escritos sagrados de Israel; Vedas; Avestá, Confúcio, Lao-tze.[4]
Em nossos dias, dizia o Papa João Paulo II “a busca da verdade última aparece muitas vezes ofuscada. A filosofia moderna possui, sem dúvida, o grande mérito de ter concentrado a sua atenção sobre o homem. Partindo daí, uma razão cheia de interrogativos levou por diante o seu desejo de conhecer sempre mais ampla e profundamente. Desta forma, foram construídos sistemas de pensamento complexos, que deram os seus frutos nos diversos âmbitos do conhecimento, favorecendo o progresso da cultura e da história. A antropologia, a lógica, as ciências da natureza, a história, a lingüística, de algum modo todo o universo do saber foi abarcado. Todavia, os resultados positivos alcançados não devem levar a transcurar o fato de que essa mesma razão, porque ocupada a investigar de maneira unilateral o homem como objeto, parece ter-se esquecido de que este é sempre chamado a voltar-se também para uma realidade que o transcende. Sem referência a esta, cada um fica ao sabor do livre arbítrio, e a sua condição de pessoa acaba por ser avaliada com critérios pragmáticos baseados essencialmente sobre o dado experimental, na errada convicção de que tudo deve ser dominado pela técnica. Foi assim que a razão, sob o peso de tanto saber, em vez de exprimir melhor a tensão para a verdade, curvou-se sobre si mesma, tornando-se incapaz, com o passar do tempo, de levantar o olhar para o alto e de ousar atingir a verdade do ser. A filosofia moderna, esquecendo-se de orientar a sua pesquisa para o ser, concentrou a própria investigação sobre o conhecimento humano. Em vez de se apoiar sobre a capacidade que o homem tem de conhecer a verdade, preferiu sublinhar as suas limitações e condicionalismos”[5].


[1] Cf Grelot, P. Homem quem és? Ed. Paulinas,p 11.
[2] Cf Grelot, P. Homem quem és? Ed. Paulinas,p 07
[3] João Paulo II. Fides et Ratio in Documentos da Igreja. Ed. Paulus, p 103.
[4] Ibidem
[5] João Paulo II. Fides et Ratio in Documentos da Igreja. Ed. Paulus, p 108.